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A força do Natal nas memórias da infância

Claudio de Castro – publicado em 16/12/20

Decidi tentar algo simples, mas diferente neste Natal: viver uma pequena aventura por Jesus

Quando penso no Natal, lembro da minha infância, uma época muito feliz.

Agora, já adulto, penso no pequeno Jesus e nas palavras do padre Ángel, meu amigo: “Jesus veio ao mundo como uma criança indefesa, porque é fácil amar as crianças”. Com quatro filhos, posso compreender suas palavras e amar este pequeno menino, o filho de Deus.

Sempre fico muito feliz nos dias prévios ao Natal. Emociono-me profundamente pelo amor de Deus. Mas vejo muitos tão agitados e preocupados, que não desfrutam do Natal. Eu costumava falar a respeito disso, mas poucos me escutavam.

Feliz Natal

Há alguns anos, decidi tentar algo diferente, viver uma aventura por Jesus, às vésperas do Natal. Por amor a Ele, eu cumprimentaria todas as pessoas que passassem por mim com um “Feliz Natal!”.

Não foi fácil.

E eu pensava: “Será que algo tão simples poderá fazer alguma diferença?”.

Era uma necessidade que nascia do coração. Amar o próximo e expressar isso com aquela belíssima saudação de paz e alegria. Converter esta saudação em um pequeno oásis de serenidade, para os que estavam cansados. Eu queria que fosse algo genuíno, confiável, contagioso.

Encontrei muitas pessoas ocupadas e mal-humoradas, que não me deram atenção.

Sentido do Natal

Nos centros comerciais, havia um caos, um desespero por comprar. Parecia que ninguém tinha tempo para outras pessoas, para amar, compartilhar e recordar o verdadeiro sentido do Natal.

Comecei com serenidade no coração e com uma oração na alma.

Lembro-me de me aproximar de uma senhora na padaria. Ela estava agitada e queria pegar a comanda antes de mim, para ser atendida primeiro. Olhou-me incomodada quando me aproximei.

– Feliz Natal! – disse eu, amavelmente.

Ela me olhou com estranheza, como se estivesse se perguntando: “Que bicho lhe mordeu?”.

Não desanimei. Tentei amar e compreender a boa senhora, com seus problemas e suas virtudes.

Continuei com meu pequeno projeto. E logo comecei a receber sorrisos inesperados e algumas palavras que me incentivaram: “Obrigado! É verdade, é Natal…”.

Alegria

Dentre todos, quem mais me impressionou foi um policial que caminhava mal-humorado. Ele estava do outro lado da rua quando o chamei:

– Oficial!

Ele se virou rapidamente, colocando a mão sobre sua arma. Observou-me com suspeita.

Eu sorri e exclamei:

– Feliz Natal!

O policial deixou seu revólver quieto. Olhou-me por alguns segundos perguntando-se o que estava acontecendo. De repente, sorriu. Algo nele tinha mudado. Foi incrível. Ele levantou o braço, cumprimentando-me, e respondeu-me com entusiasmo:

– Feliz Natal para você também!

E continuou seu caminho, sorrindo, com uma alegria interior que transbordava em seu olhar. E eu, também surpreso, segui meu caminho sorrindo, pensando na alegria contagiante do Natal, nas coisas maravilhosas de Jesus.

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