Estimados irmãos e irmãs!
A transcendência de Deus é revelada na sarça ardente, que não queima e nem consome (cf. Ex 3, 1-8.13-15). Este primeiro contato de Moisés tem com Deus.
Do meio a sarça, Moisés ouve a voz do Deus que ele ainda não conhece. Deus pede que ele tire as sandálias. A sandália é o símbolo de posse. Moisés tem que tomar consciência aquilo que ele possui é obra de Deus.
Deus será conhecido por suas ações: Ele viu, ouviu, conheceu e libertou. E fez sair o povo do Egito para a terra Prometida. O povo faz aliança com Deus. O povo deve fidelidade a Deus.
No Evangelho de Lucas 13,1-9, o rosto de Deus que Jesus revela é o da parábola da figueira. Deus é o dono da vinha cuja figueira não produz frutos, representando a vida daqueles que não produzem nada pela Evangelização.
Estes são muitos que foram batizados e crismados, mas vivem no mundo dando seus contratestemunhos. A figueira que não produz nenhum fruto deveria ser cortada ou arrancada e jogada fora. Mas Deus é paciente e bondoso. Ele dará mais uma chance à figueira.
A chance que Deus nos dá é este tempo de quaresma. Um tempo para rezar e fazer silêncio. Um tempo para pensar a forma como enxergarmos Deus deve se espalhar nas nossas ações e na forma como enxergarmos o mundo?! Um tempo de tirar as sandálias e deixar Deus agir com seu Espírito.
Pe Laudeni Ramos Barbosa, CSC