Estimados irmãos e irmãs!
A gente caminha em cima de uma barca com Jesus dormindo. A gente tem medo porque vem a tempestade e Jesus dorme tranquilamente. Ele parece não se importar com o nosso medo. Ficamos apavorados! Gritamos! Jesus acorda também numa tranquilidade que até nos incomoda. Ele parece não estar a par da tempestade.
Questionamos: “Mestre, não te importa que parecemos?” Estamos tomados de nervosismo. O vento é forte, balança nossa barca, nossa zona de conforto. O mar é grande! A barca é nossa fragilidade diante diante do mundo hostil. O vento é contrário ao Evangelho.
Pregar o Evangelho no mundo secularizado é um grande desafio. É como estar dentro de uma barca e diante de nossa fragilidade. O que falamos e pregamos pode parecer uma bobagem. Ou preferimos ficar dentro da Igreja na zona de conforto?
O papa Francisco insiste numa Igreja em saída missionária. Ainda queremos ficar somente dentro da Igreja? Mesmo que o mundo seja hostil, polarizado, é preciso sair para fora. Que a Igreja se mostre presente, fazendo a diferença na cidade onde está, no bairro onde se localiza.
Jesus nos dá um puxão de orelha como fez com seus discípulos acovardados. “Por que sois tão covardes? Ainda não tendes fé?” Nossa espiritualidade deve ser de uma comunidade cristã que se mede pelo que faz da porta da Igreja para fora. Isto é, Ver os batizados não evangelizados, fora da Igreja. E atrair novas pessoas para dentro da Igreja.
Pe Laudeni Ramos Barbosa, CSC