Estimados irmãos e irmãs!
“Quem não tem pecado jogue a primeira pedra” (Jo 8, 7). Com essa frase Jesus desmascara a hipocrisia do agressor e salva a mulher adúltera de ser apedrejada. Olhe para si. Veja teus pecados. Será que há moral para julgar e condenar? Fica dando uma de santinho. As aparências se enganam.
Tem uma música de Chico Buarque que diz: “Joga a pedra na Geni”. A sociedade vive de hipocrisia e de pecado grave ao apontar o dedo, julgar e condenar, muitas vezes, pelas aparências. Geni serviu apenas quando precisava. Depois, ela foi descartada como objeto qualquer ou coisa que se jogue fora no lixo.
Mas a Geni é uma pessoa humana, uma mulher, uma prostituta. Pode ser a história de uma vagabunda que salva o povo, nas entrelinhas, toda a hipocrisia que vivemos todos os dias. Muitas vezes, a quem apedrejamos pode ser de que precisaremos dela no futuro e ainda mais depois de satisfazermos nossas necessidades através da mesma podemos não reconhecer o que foi feito e continuarmos a discriminar.
A discriminação e a hipocrisia revelam ou escondem nossas falsidades. A mulher no Evangelho de João 8, 1-11 que já teve vários namorados foi apontada pelos mestres da Lei e pelos fariseus como se ela fosse uma prostituta sem nenhum valor humano e digno. Jesus desaponta a todos quando ele se agacha e escreve no chão sei lá o quê? Todos leem e vão saindo um a um, começando com os mais velhos até chegar os mais novos. Todos sem nenhuma moral para apedrejar a mulher que acaba ficando a sós com Jesus. Ela deve seguir a orientação de Jesus: “Eu não te condeno. Podes ir, de agora em diante, não pegues mais” (Jo 8, 11).
Pe Laudeni Ramos Barbosa, CSC