Estimados irmãos e irmãs!
O convite de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15), que acompanha a recepção das cinzas, ressoa ainda mais forte a necessidade de penitência e conversão. Temos que voltar como o filho para Deus como reforça o profeta Joel: “Rasgai o coração, e não as vestes, e voltai para o Senhor” (Jl 2,13).
O tempo da quaresma nos ajuda a reconhecer a nossa preguiça espiritual e da necessidade de olhar mais de perto os próprios pecados. O fechamento dos ouvidos à Palavra de Jesus por causa de nosso nariz arrebitado e do nosso orgulho. Precisamos sair de nós mesmos e da nossa autorreferência para ir às periferias da vida, nas quais nos chama o amor. Esta “conversão” deve ser do interior e de estilo de vida à causa de cada um.
A Igreja no Brasil lança a Campanha da Fraternidade para olharmos com caridade o o próximo mais necessitado de atenção. Neste ano, com o tema: Fraternidade e fome” e o lema bíblico: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).
O novo arcebispo de Montes Claros no norte de Minas Gerais diz que a fome não é um problema de Deus. Sim, nosso. De fato, isso cheira desigualdade social fruto de falta de partilha do pão que não chega na mesa dos mais pobres.
Ainda assim tem gente que contesta a Campanha da Fraternidade. Bem dizia Dom Hélder Câmara: “Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto porque eles são pobres, chamam-me de comunista”.
Pe Laudeni Ramos Barbosa, CSC