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Mensagem para a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

Estimados irmãos e irmãs!

A celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo,  Rei do Universo, marca o ponto de chegada do Ano Litúrgico. Com essa celebração nós iniciamos o Ano Vocacional com o tema “Vocação: graça e missão” e o bonito lema bíblico: “Corações ardentes, pés a caminho” (Lc 24,32-33). Também tem início, nesta Solenidade, a Campanha para a Evangelização.

Durante todo o Ano Litúrgico percorremos nossa reflexão no Evangelho de São Lucas. São Lucas nos foi conduzindo e fazendo descobrir, ao longo do ano, os valores e as atitudes do Reino de Deus. Em grande parte, o fez desde a pessoa do marginalizado, do  rotulado,  do menosprezado: pastores,  mulheres,  viúvas,  publicanos, prostitutas,  samaritanos,  leprosos. Num dia de sua vida, eles se encontraram com Jesus e foram envolvidos por seu amor misericordioso. Ele não os julgou nem condenou.  Solidariamente estava ao lado deles.

No Evangelho deste domingo em Lucas 23, 35-43 encontramos novamente com uma destas pessoas,  talvez o caso mais clamoroso de marginalização: um preso crucificado. O mais surpreendente: Jesus também se encontra ao lado dele e não o condena. As autoridades e os soldados zombam deles, especialmente de Jesus. Para completar o deboche colocam um letreiro na cruz: “Este é o Rei dos Judeus!”. Todos estão perplexos: este aí pode ser Rei?

Que Rei é este que não usou a força e o poder? Ele podia tê-lo feito, mas não quis.  Por quê? Dostoievski,  em seu livro “Os Irmãos Karamazóv”, pode  nos ajudar a compreender: “Não desceste da cruz quando te gritaram com deboche e desprezo: Desce da cruz e creremos que Tu és o Filho de Deus! Não desceste, porque não quiseste fazer escravos aos seres humanos por meio de um milagre, porque desejavas um amor livre e não o que brota de um milagre.  Tinhas sede de amor voluntário, não do encanto servil ante o poder, que de uma vez para sempre inspira temor aos escravos”.

Jesus não manifesta o poder como nós imaginamos. Ele quer ser amado não por medo, nem por coação,  nem por conveniência.  A cruz, neste sentido, torna-se inconveniente para quem é interesseiro, mas simplesmente por liberdade.  Este é o nosso Rei,  Jesus Cristo!

Pe Laudeni Ramos Barbosa, CSC

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