Estimados irmãos e irmãs!
Celebramos neste domingo o Dia Mundial das Missões. A Campanha Missionária da Igreja Católica no Brasil animada pelo Ano de Jubilar Missionário, propõe neste ano de 2022 o tema: “A Igreja é missão” e o lema cuja inspiração bíblica é: “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8).
O Evangelho de Lucas 18,9-14 nos apresenta a parábola de duas pessoas que são importantes para analisar: o fariseu e o publicano. O fariseu não é uma pessoa má, mas é rígido no cumprimento da lei. O publicano é cobrador de impostos.
Os dois estão no templo rezando. O fariseu diz na oração que jejua duas vezes por semana e dá o dizimo de toda a sua renda. O erro do fariseu é considerar justificado pelas obras que realiza e pensar ser melhor que as outras pessoas. O publicano ficou à distância, sem elevar os olhos a Deus e batendo no peito reconhecia seu pecado e pedia perdão. Bater no peito é um gesto de arrependimento profundo que vem do coração contrito.
Qual lição tirar dessa parábola? O farisaísmo está hoje presente no mundo cristão, tanto no contexto individual quanto comunitário. No individual, devemos confessar que, muitas vezes, educamos no farisaísmo nossos cristãos ao lhes dar as leis como norma fundamental de suas vidas. No comunitário, ocorre o farisaísmo em grupos da Igreja que se creem os bons, cumpridores, os únicos fiéis. Estes rezam da boca para fora, sem nenhuma conversão do coração.
No Evangelho, não se louva a situação humana de pecado do publicano, nem sua indigência moral, sua escassa prática religiosa. Mas louva, isto sim, seu arrependimento, sua humildade, seu não julgamento dos demais. Jesus também não condena o fariseu por ser religioso, por levar uma vida moral digna, por fazer jejum e dar o dízimo. Critica a soberba e julgamento dos outros. Quem sou eu para julgar a vida alheia? Antes de mais nada, olhe de perto a própria vida!
Fraterno abraço!
Pe Laudeni Ramos Barbosa, CSC